Entrevista com Jonathan Riddell, líder do projeto Kubuntu.

editado março 2013 em Café com Menta
Senhores,

No link abaixo vocês têm acesso a entrevista que o site [b]Muktware[/b] realizou com o sr. Jonathan Riddell, líder do projeto Kubuntu.
[url=http://www.muktware.com/5369/how-will-changes-ubuntu-affect-kubuntu-exclusive-interview-jonathan-riddell]Entrevista com o líder do projeto Kubuntu.[/url]

A entrevista é muito interessante, com respostas a perguntas que abordam várias das atitudes recentes da Canonical, as quais vêm causando muita polêmica dentro da comunidade.

Dentre elas gostaria de destacar as seguintes afirmações:

[b]Jonathan[/b]:
[i] I only had contact with the Linux Mint developer recently when [b]Canonical claimed that they needed a licence to use the compiled packages from Ubuntu[/b]. This is a dangerous misunderstanding of copyright licencing from a company which should understand it. I advised Linux Mint to say some rude things to Canonical but I think they're too polite for that.[/i]

[b]Em tradução livre:[/b]
[i]Eu apenas tive contato recente com o desenvolvedor do Linux Mint quando a [b]Canonical afirmou que eles precisariam de uma licença para utilizar os pacotes compilados do Ubuntu.[/b] [b]Este é um perigoso mal entendido da licença de copyright, vindo de uma companhia que deveria entendê-la bem[/b]. Eu avisei o Linux Mint para responder de forma dura, mas acho que eles são muito educados para isso.[/i]


Aqui gostaria de lembrar a todos que no [url=http://www.ubuntu-br.org/]site oficial do Ubuntu no Brasil[/url] existe uma lista com 4 compromissos da distro. Um deles, em especial, gostaria de colocar aqui no tópico em destaque:
[i]O CD do Ubuntu possui apenas [b]Software Livre[/b], nós encorajamos você a usar software de código aberto, melhorá-lo e distribui-lo.[/i]

Pois bem, se no CD do Ubuntu existe apenas software livre (e se para um software ser considerado livre tem que obedecer [url=http://www.gnu.org/philosophy/free-sw.pt-br.html]às quatro liberdades[/url]) então há, no mínimo, uma grande engano aqui..

Vejam, por exemplo, o que diz a liberdade 3:
A liberdade de [b]distribuir cópias de suas versões modificadas a outros[/b] (liberdade 3)

Caso a afirmação do sr. Jonathan, líder do projeto Kubuntu, seja verdadeira, estaremos vendo aí um "grande mal entendido" sendo cometido pela Canonical com essa exigência ao Linux Mint. No mínimo, esse é um caso que merece uma investigação bastante rigorosa.
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[b]Jonathan: [/b]
[i]Since then Canonical has started asking for donations when downloading Ubuntu and one option is to give "Better support for flavours like Kubuntu, Xubuntu, Lubuntu Slider thumb". Kubuntu has never received any of these funds or seen any better support, so this is a disappointing case of fraud.[/i]

Em tradução livre:
Desde que a Canonical começou a pedir doações quando os usuários realizam o download da distro, há uma opção que é dar um melhor suporte para versões derivadas como o Kubuntu, Xubuntu e Lubuntu. Porém, [b]o Kubuntu nunca recebeu nenhum dinheiro ou um melhor suporte, então este é um caso decepicionante de fraude. [/b]
[b]OBS: Jason Bacon, gerente da Canonical para relacionamento com a comunidade, está investigando este caso e espera que a empresa realiza a primeira doação para o Kubuntu em breve.[/b]

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Um outro ponto que queria destacar é que o sr. Jonathan disse na entrevista que inclusive pensou em mudar o nome da distro devido a tudo isso. Entretanto, foi advertido por Mark Shuttleworth que caso viesse a fazê-lo o projeto seria expulso da empresa.

Pois é companheiros. Sou um grande fã de todo o trabalho que a Canonical e o Ubuntu realizaram nestes anos a favor do linux e do software-livre, agora as acusações que a empresa vem recebendo ultimamente são muito sérias. Caso elas sejam mesmo verídicas, a companhia precisa receber uma resposta à altura da comunidade. Obviamente, caso sejam os acusadores que estejam agindo com leviandade, devem ser eles os rigorosamente punidos por esse tipo de atitude.

Sem dúvida é um caso para se acompanhar de perto.

Comentários

  • CretoCreto Paulo Benedito
    editado março 2013
    Bem Hugo e demais amigos,

    Ser educado claro que é o melhor, porém ser duro não quer dizer que você esteja sendo mal educado.

    Direitos comuns, devem serem respeitados tanto por quem "tem quanto por quem não tem" (se é que me entendem) e vejam logo ai nessa minha afirmação estou sendo duro, mas não mal educado.

    Afinal quem é a Canonical para dizer que tem alguma coisa propriamente dela já que ela usa o Kernel Linux que é desenvolvido por milhares ao redor do mundo, não é isso???

    Sei que por ser duro as vezes criamos algumas inimizades e sei que tenho esse problema (também se é que é um problema), podem me chamar de duro e estúpido então, menos de espalhar mentira e hipocrisia.

    Admiro quem faz seu trabalho e sabe reconhecer o de outrem.

    T+
  • editado março 2013
    Gostaria de fazer uma pequena observação, Creto.

    A palavra original utilizada na entrevista foi "polite" que em português significa "educado", "cortês", "doce". Era esse o sentido que queria ter repassado e talvez a palavra utilizada não tenha expresso bem o sentido original.

    No mais, concordo plenamente, é sim possível ser "duro" e ao mesmo tempo "cortês e educado".

    Entretanto, segundo o entrevistado, a opção tomada pelo Clement foi de "relevar" o caso, muito provavelmente porque até agora tudo ainda não passou de uma "ameaça", não foi tomada nenhuma medida contra o Mint (e como já expus anteriormente, caso a Canonical venha a fazer algo do tipo certamente será retaliada à altura).

    Ressalto sempre que as acusações foram feitas pelo líder do projeto Kubuntu. Até agora não se viu nenhum pronunciamento oficial da Canonical a esse respeito (ao menos não vi nem ouvi nada), sendo assim temos que ser bem céticos e aguardar o desenrolar dos fatos antes de tecermos nossas opiniões sobre o caso.

    Abraço.
  • editado março 2013
    Ok, Creto.

    O Clement é o líder de uma grande projeto e por agir sempre baseado no bom senso está conseguindo todo esse sucesso.

    Como a Canonical não tomou nenhuma atitude de verdade contra o Mint (no máximo fez uma ameaça, como afirmou o líder do projeto Kubuntu), acho que ele agiu certo em aguardar e ver qual será o desenrolar dessa história.

    Abraço.
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