O primeiro computador a gente nunca esquece... e o primeiro contato com um também
eliseu
Eliseu
Gente, eu estava fazendo uma limpa no meu perfil do Google+ quando me deparei com uma postagem apontando para um texto que escrevi no [url=http://www.divsq.blogspot.com.br][color=0000FF]meu blog[/color][/url] em meados do ano passado (11/05/2014), do qual eu nem lembrava mais, e agora resolvi compartilhá-lo aqui no Café com Menta. Afinal, quem não se lembra do seu primeiro computador? :-)
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Computador é algo que atualmente quase todas as residências, empresas e instituições em geral tem, e que algumas pessoas (talvez várias) possuem dois ou mais. Sou um desses. Uso mais de um PC, sendo um de mesa e um portátil (um desktop e um laptop, em termos técnicos). Com o tempo pretendo buscar a portabilidade total, usando somente um laptop - apesar de eu já ter um, mas o que quero dizer é que eu gostaria de um melhor ainda, que substitua plenamente as minhas atuais máquinas. Com isso quero deixar de me trancar numa sala para fazer as minhas coisas; assim posso ficar mais perto dos meus pais e conversar com as visitas enquanto trabalho (a sala onde ficam hoje os meus PCs é separada - BEM separada - da casa). Além, é claro, de usá-lo quando estiver na rua, se necessário.
Porém, em 1998, a coisa não era bem assim. Somente uns poucos indivíduos tinham um computador em casa, e um número ainda menor podia acessar a Internet - discada, lenta e muito cara. Era impossível falar ao telefone enquanto se estava conectado. Velocidade de 33.6kbps era um sonho. "Facebook" era literalmente um livro com um rosto; "Twitter" era uma palavra sem sentido; "Orkut" era um anagrama de "turco" com K; "YouTube" significava "você tubo" em inglês literal (é, imagine como seria um site de vídeos naqueles tempos, daria sono...). E mais: somente gente muito abastada tinha o "privilégio" de poder usar a Internet durante o dia; em geral o "tabu" era usar de madrugada, quando o custo era de apenas um pulso telefônico. Os computadores da época também eram terríveis, vagarosos, se comparados com os atuais, mas na época era isso que tinha.
Foi justamente em 1998 que ganhei meu primeiro computador, aos 15 anos de idade. Qual a configuração? Processador Pentium MMX 233MHz, 32MB de RAM, Windows 95 e MS Works 4.0. Não me recordo da capacidade do HD. Ele foi comprado pelos meus pais numa antiga loja de Informática chamada Mr. Micro, que ficava no Conjunto Comercial Canoas. Veja bem: isso era TOP naquela época. As máquinas mais baratas usavam processador Intel Pentium 166MHz e 16MB de RAM - e eram chamadas pelo pessoal de "um meia meia". O computador dos menos favorecidos, digamos assim.
O Windows 95 veio em 26 ou 27 disquetes e a instalação levava quase o dia inteiro, isso quando não dava erro. Fora isso também haviam os disquetes do MS Works 4.0 - o que dava mais algumas horas de instalação. O computador tinha leitor de CD, então por que não mandaram as versões em CD-ROM dos respectivos sistema operacional e suíte de escritório? Por que complicar? Essa pergunta até hoje não foi respondida.
No começo não tinha Internet - ela só chegou para nós dois anos depois. Não lembro qual era o provedor, mas a velocidade era de 56kbps - o melhor que dava para pagar. Banda larga era coisa de gente realmente muito rica, não um padrão, como é hoje. Sendo assim, era necessário muito controle na hora de usar a Internet; mas teve um dia em que acabei passando do ponto. Por quê? Foi quando descobri o download de músicas, em 2001. Me empolguei demais, baixei uma música atrás da outra... Mas a conta telefônica quase matou meus pais do coração. Na época eu já tinha conta em banco e vinha fazendo uma poupança. Resultado: tive que pagar a fatura do telefone com o meu dinheiro e ainda fiquei proibido de usar a Internet por um bom tempo. Tomar um castigo desses dos pais aos 18 anos era vergonhoso...
Mas depois veio a banda larga - já bem mais em conta - e tudo melhorou. Não era mais necessário acordar de madrugada para visitar sites e ler mensagens de e-mail. Não tinha mais aquele barulho irritante (e bota irritante nisso...) na hora de conectar. Aliás, nem era mais preciso "conectar", pois a Internet era conectada 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano (366 se fosse bissexto). E não haviam mais surpresas desagradáveis na hora de pagar a conta.
Esse meu primeiro computador também foi um grande incentivo para mim, pelo lado profissional. Foi ele que me inspirou a, em 1999, optar pelo Técnico em Informática ao invés de apenas cursar o Ensino Médio convencional. E quando optei por isso, comecei também a ir mais fundo: aprendi a programar (coisa que infelizmente não lembro mais como se faz hoje, mas quem sabe um dia me acenda a luz de novo), a criar sites, a consertar computadores, e também tive meu primeiro contato com um sistema GNU/Linux. Tudo isso aos 16-17 anos...
Ganhei o meu primeiro computador em 1998, como já falei antes, mas essa não foi a primeira vez em que tive contato com um. A primeiríssima vez foi quando eu ainda era muito criança, lá pelos meus 6 ou 7 anos. Uma das minhas irmãs era funcionária da extinta Santa Cruz Seguros, em Porto Alegre, e, um dia, ela me levou para lá. Talvez para que seus colegas me conhecessem, não sei, mas lembro como se fosse ontem que havia um computador naquela sala. As características técnicas não me vem à mente agora, mas sei que era daquelas máquinas de mesa bem "grossas", com um monitor fundo e, se não me engano, com o teclado incorporado na mesma carcaça. Não havia mouse e a tela era monocromática, acho que com fundo preto e fonte cinza (ou azul). Talvez fosse da IBM, mas não posso afirmar com certeza.
Na escola também havia um pequeno laboratório de Informática. Hoje lá existem vários e bem mais modernos, mas o daquela época era uma sala com acho que umas dez máquinas muito parecidas com as que citei no parágrafo anterior. Em 1991 praticamente ninguém tinha um computador próprio, então quando chegava no último período de sexta-feira, a turma inteira comemorava; afinal, iríamos ter "aula de computador", como alguns diziam naquele tempo. Como software educacional havia um joguinho chamado "Logo", ou "Super Logo", ou "Mega Logo", algo assim. A meta era fazer desenhos comandando (via texto) uma "tartaruga" (bem, na verdade era somente um triângulo na tela, mas valia a intenção). Imagino que era uma forma de ensinar as crianças a programar. A turma amava esse joguinho e os desenhos na tela tinham um bom nível de criatividade; eu mesmo cheguei a desenhar um "carrinho de mão" e achava isso o máximo... Sonhava em ter um computador em casa apenas por causa do tal joguinho, de tanto que eu gostava. Até recentemente, em 2007, quando trabalhei como secretário na E. M. E. F. Rui Cirne Lima, visitando o laboratório de Informática vi que uma das máquinas tinha o mesmo joguinho. Claro, para Windows, mas a essência era a mesma. Não preciso dizer que a saudade da infância tomou conta naquele dia...
Enfim, esse primeiro contato com um computador em 1990, as aulas de Informática na escola, o meu primeiro computador em 1998 e a escolha pelo Técnico em Informática estão muito bem armazenados no HD do meu cérebro, na minha memória, que não é RAM. E espero que a idade não acabe "formatando" essas lembranças...
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[url=http://divsq.blogspot.com.br/2014/05/o-primeiro-computador-gente-nunca.html][color=0000FF]Texto original[/color][/url]
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Computador é algo que atualmente quase todas as residências, empresas e instituições em geral tem, e que algumas pessoas (talvez várias) possuem dois ou mais. Sou um desses. Uso mais de um PC, sendo um de mesa e um portátil (um desktop e um laptop, em termos técnicos). Com o tempo pretendo buscar a portabilidade total, usando somente um laptop - apesar de eu já ter um, mas o que quero dizer é que eu gostaria de um melhor ainda, que substitua plenamente as minhas atuais máquinas. Com isso quero deixar de me trancar numa sala para fazer as minhas coisas; assim posso ficar mais perto dos meus pais e conversar com as visitas enquanto trabalho (a sala onde ficam hoje os meus PCs é separada - BEM separada - da casa). Além, é claro, de usá-lo quando estiver na rua, se necessário.
Porém, em 1998, a coisa não era bem assim. Somente uns poucos indivíduos tinham um computador em casa, e um número ainda menor podia acessar a Internet - discada, lenta e muito cara. Era impossível falar ao telefone enquanto se estava conectado. Velocidade de 33.6kbps era um sonho. "Facebook" era literalmente um livro com um rosto; "Twitter" era uma palavra sem sentido; "Orkut" era um anagrama de "turco" com K; "YouTube" significava "você tubo" em inglês literal (é, imagine como seria um site de vídeos naqueles tempos, daria sono...). E mais: somente gente muito abastada tinha o "privilégio" de poder usar a Internet durante o dia; em geral o "tabu" era usar de madrugada, quando o custo era de apenas um pulso telefônico. Os computadores da época também eram terríveis, vagarosos, se comparados com os atuais, mas na época era isso que tinha.
Foi justamente em 1998 que ganhei meu primeiro computador, aos 15 anos de idade. Qual a configuração? Processador Pentium MMX 233MHz, 32MB de RAM, Windows 95 e MS Works 4.0. Não me recordo da capacidade do HD. Ele foi comprado pelos meus pais numa antiga loja de Informática chamada Mr. Micro, que ficava no Conjunto Comercial Canoas. Veja bem: isso era TOP naquela época. As máquinas mais baratas usavam processador Intel Pentium 166MHz e 16MB de RAM - e eram chamadas pelo pessoal de "um meia meia". O computador dos menos favorecidos, digamos assim.
O Windows 95 veio em 26 ou 27 disquetes e a instalação levava quase o dia inteiro, isso quando não dava erro. Fora isso também haviam os disquetes do MS Works 4.0 - o que dava mais algumas horas de instalação. O computador tinha leitor de CD, então por que não mandaram as versões em CD-ROM dos respectivos sistema operacional e suíte de escritório? Por que complicar? Essa pergunta até hoje não foi respondida.
No começo não tinha Internet - ela só chegou para nós dois anos depois. Não lembro qual era o provedor, mas a velocidade era de 56kbps - o melhor que dava para pagar. Banda larga era coisa de gente realmente muito rica, não um padrão, como é hoje. Sendo assim, era necessário muito controle na hora de usar a Internet; mas teve um dia em que acabei passando do ponto. Por quê? Foi quando descobri o download de músicas, em 2001. Me empolguei demais, baixei uma música atrás da outra... Mas a conta telefônica quase matou meus pais do coração. Na época eu já tinha conta em banco e vinha fazendo uma poupança. Resultado: tive que pagar a fatura do telefone com o meu dinheiro e ainda fiquei proibido de usar a Internet por um bom tempo. Tomar um castigo desses dos pais aos 18 anos era vergonhoso...
Mas depois veio a banda larga - já bem mais em conta - e tudo melhorou. Não era mais necessário acordar de madrugada para visitar sites e ler mensagens de e-mail. Não tinha mais aquele barulho irritante (e bota irritante nisso...) na hora de conectar. Aliás, nem era mais preciso "conectar", pois a Internet era conectada 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano (366 se fosse bissexto). E não haviam mais surpresas desagradáveis na hora de pagar a conta.
Esse meu primeiro computador também foi um grande incentivo para mim, pelo lado profissional. Foi ele que me inspirou a, em 1999, optar pelo Técnico em Informática ao invés de apenas cursar o Ensino Médio convencional. E quando optei por isso, comecei também a ir mais fundo: aprendi a programar (coisa que infelizmente não lembro mais como se faz hoje, mas quem sabe um dia me acenda a luz de novo), a criar sites, a consertar computadores, e também tive meu primeiro contato com um sistema GNU/Linux. Tudo isso aos 16-17 anos...
Ganhei o meu primeiro computador em 1998, como já falei antes, mas essa não foi a primeira vez em que tive contato com um. A primeiríssima vez foi quando eu ainda era muito criança, lá pelos meus 6 ou 7 anos. Uma das minhas irmãs era funcionária da extinta Santa Cruz Seguros, em Porto Alegre, e, um dia, ela me levou para lá. Talvez para que seus colegas me conhecessem, não sei, mas lembro como se fosse ontem que havia um computador naquela sala. As características técnicas não me vem à mente agora, mas sei que era daquelas máquinas de mesa bem "grossas", com um monitor fundo e, se não me engano, com o teclado incorporado na mesma carcaça. Não havia mouse e a tela era monocromática, acho que com fundo preto e fonte cinza (ou azul). Talvez fosse da IBM, mas não posso afirmar com certeza.
Na escola também havia um pequeno laboratório de Informática. Hoje lá existem vários e bem mais modernos, mas o daquela época era uma sala com acho que umas dez máquinas muito parecidas com as que citei no parágrafo anterior. Em 1991 praticamente ninguém tinha um computador próprio, então quando chegava no último período de sexta-feira, a turma inteira comemorava; afinal, iríamos ter "aula de computador", como alguns diziam naquele tempo. Como software educacional havia um joguinho chamado "Logo", ou "Super Logo", ou "Mega Logo", algo assim. A meta era fazer desenhos comandando (via texto) uma "tartaruga" (bem, na verdade era somente um triângulo na tela, mas valia a intenção). Imagino que era uma forma de ensinar as crianças a programar. A turma amava esse joguinho e os desenhos na tela tinham um bom nível de criatividade; eu mesmo cheguei a desenhar um "carrinho de mão" e achava isso o máximo... Sonhava em ter um computador em casa apenas por causa do tal joguinho, de tanto que eu gostava. Até recentemente, em 2007, quando trabalhei como secretário na E. M. E. F. Rui Cirne Lima, visitando o laboratório de Informática vi que uma das máquinas tinha o mesmo joguinho. Claro, para Windows, mas a essência era a mesma. Não preciso dizer que a saudade da infância tomou conta naquele dia...
Enfim, esse primeiro contato com um computador em 1990, as aulas de Informática na escola, o meu primeiro computador em 1998 e a escolha pelo Técnico em Informática estão muito bem armazenados no HD do meu cérebro, na minha memória, que não é RAM. E espero que a idade não acabe "formatando" essas lembranças...
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Comentários
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Afinal, quem não se lembra do seu primeiro computador? :-)
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Eu não apenas me lembro de meu primeiro computador como ainda o tenho! (embora quase nada ainda seja "original" nele e ele esteja atualmente parado)
Ganhei meu primeiro computador em 2002 com 16 anos de idade (depois de passar cerca de dois anos pedindo um para meu pai). Sua configuração era, salvo engano, Pentium Celeron 366 MHz, 128Mb de RAM, 20GB de HD, e Windows XP. Montado pela Metron daqui de são paulo e comprado em uma loja Eletro (depois Extra Eletro) no feriado de nove de julho.
Com o passar do tempo ele acabou sendo transformado em um AMD K6, 384 Mb de RAM e HD de 40GB, não por gostar de fazer upgrades, mas devido à incrível quantidade de defeitos que a máquina deu durante seus três primeiros anos (quando resolvemos fazer o upgrade dela).
O Windows XP, veio pré-instalado e o primeiro problema que tivemos foi o fato de não vir um CD de recuperação do Windows com a máquina. Tentamos reclamar com o fabricante mas a empresa estava falindo, e no final não conseguimos o tal CD. Chegamos a tentar trocar a máquina devido à série de problemas, mas como a empresa estava praticamente falindo e não havíamos seguido algumas normas da garantia acabamos não conseguindo.
Já no dia da instalação (veio um "técnico" à nossa casa instalar o micro) ele ligou o computador à internet e criou um e-mail para mim no Hotmail, que ainda uso. Eu mal sabia da existência de banda larga e mesmo a 52 kbps baixava músicas por alguns sites, cheguei a usar um serviço de streaming de músicas chamado "Usina do Som" e cheguei a baixar episódios de animes (com baixa resolução).
Quanto ao barulho irritante de conexão, me lembro que no "Canal 21" daqui de são paulo houve nessa época um programa de videoclipes, cuja trilha da vinheta de abertura e de comerciais era exatamente o tal barulho. Também me lembro que houve um provedor de acesso que chegou a criar um discador com a opção de substituir o tal barulho pelo som de narrador de partida de futebol que dizia "Gol!" quando conectava e dizia algo como "Na trave!" quando a conexão falhava. Também havia a opção de substituir o som de conexão pelo barulho de um casal gemendo e quando a conexão falhava aprecia a voz masculina dindo "Isso Nunca Aconteceu Comigo Antes!"
Aliás, meu primeiro "contato" com GNU/Linux e com Mac se deu no período de espera para ganhar o PC. No Hipermercado Extra próximo à minha casa, neste período 2001-2002 foram vendido computadores iMac G3 (Lembro de ver, e ficar encantado, com um igual ao da foto https://en.wikipedia.org/wiki/IMac#/media/File:Nafija55.jpg) e, na mesma época a Metron supracitada começou a vender micros com Linux pré-instalado, diferenciados dos outros micros por ter um adesivo de pinguim no lugar do adesivo do Windows.
Já meu primeiro contato com computadores (que me recordo) foi em 1996, quando comecei a ter "aulas de computação" na escola e meu pai comprou para mim um livro que falava sobre computadores. Basicamente tentávamos decorar comandos do MS-DOS, conhecíamos como usar a "grande novidade" Windows 95, desenhávamos no Paint e jogávamos Paciência (até hoje me lembro de um colega que não contente em simplesmente jogar, fazia comentários como "Esta carta veio a calhar!" com tal frequência que nos irritava)
Eliseu wrote:
Ganhei o meu primeiro computador em 1998, como já falei antes, mas essa não foi a primeira vez em que tive contato com um.
A primeiríssima vez foi quando eu ainda era muito criança, lá pelos meus 6 ou 7 anos.
Uma das minhas irmãs era funcionária da extinta Santa Cruz Seguros, em Porto Alegre, e, um dia, ela me levou para lá.
Talvez para que seus colegas me conhecessem, não sei, mas lembro como se fosse ontem que havia um computador naquela sala.
As características técnicas não me vem à mente agora, mas sei que era daquelas máquinas de mesa bem "grossas",
com um monitor fundo e, se não me engano, com o teclado incorporado na mesma carcaça.
Não havia mouse e a tela era monocromática, acho que com fundo preto e fonte cinza (ou azul).
Talvez fosse da IBM, mas não posso afirmar com certeza.
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Pelo o que entendi do seu relato este fato se deu entre 1988 e 1989, neste período ainda vigorava a chamada "Lei da Reserva de Mercado"
herdada da ditadura e que, na prática impedia as pessoas de comprarem micros estrangeiros, logo fica relativamente simples descobrir qual era o tal computador,
uma vez que era extremamente difícil trazer um microcomputador do exterior no período
e não eram muitos os computadores montados por aqui com este padrão "Tudo em um".
Tendo ocorrido este fato em uma empresa, e neste período, é bastante possível que o computador em questão fosse um dos chamados "terminais burros"
(máquinas que pareciam micros comuns mas, na verdade, estavam ligadas a um "grande computador" (mainframe) que fazia todo o processamento de dados
ou um CP500 da Prológica que, até onde eu saiba, era relativamente comum em empresas, e escolas de informática, nesta época
(http://www.mci.org.br/micro/prologica/cp500_ne_1g.jpg)
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Em 1991 praticamente ninguém tinha um computador próprio,
então quando chegava no último período de sexta-feira, a turma inteira comemorava;
afinal, iríamos ter "aula de computador", como alguns diziam naquele tempo.
Como software educacional havia um joguinho chamado "Logo", ou "Super Logo", ou "Mega Logo", algo assim.
A meta era fazer desenhos comandando (via texto) uma "tartaruga" (bem, na verdade era somente um triângulo na tela, mas valia a intenção).
Imagino que era uma forma de ensinar as crianças a programar.
A turma amava esse joguinho e os desenhos na tela tinham um bom nível de criatividade;
eu mesmo cheguei a desenhar um "carrinho de mão" e achava isso o máximo...
Sonhava em ter um computador em casa apenas por causa do tal joguinho, de tanto que eu gostava. [/quote]
O tal software originalmente se chamava "Logo" se houve um "Super logo" ou "Mega Logo" eu não sei,
mas através do trabalho de interessados em preservar máquinas desta época e informações sobre elas
(como o pessoal do site "Datassette")
temos hoje o manual do Logo (neste caso a versão para as máquinas fabricadas pela empresa Microdigital) http://files.datassette.org/manuais/logo_manual.pdf